terça-feira, 27 de julho de 2010

I wonder how am I supposed to feel when you're not here.

Estou sentindo muito frio ultimamente, e a culpa é desse inverno congelante.

Sinceramente gosto do frio, gosto de sentir o frio na pele durante alguns dias, mas não é desse frio que estou falando. Esqueça sobre o clima agora, deixe isso para as suas aulas de geografia semana que vem.

Ficar muito tempo sem calor é fatal pra mim, assim como pra você. Quem vive muitos dias sem o calor do sol? Sem luz pra aquecer a alma? Sem algo que possa te reconfortar como estar em baixo de seu cobertor encostada em seu travesseiro, e sem nenhuma preocupação poder descansar os olhos.

Dizem que frio é psicológico, mas esse não, não esse que estou sentindo, é um frio intenso e só eu sei o quanto ele arde em minha pele. Ainda mais quando estou desprotegida e vulnerável.

O pior é quando junto com o frio ainda vem a falta de luz, não conseguir enxergar e esbarrar em qualquer coisa (o que acontece com freqüência até com a luz acesa), incomoda absurdamente.

Mas o mais engraçado e nada irônico é a forma como tudo isso vira do avesso quando você está aqui, e eu não falo só do calor.

Então só mais uma coisa antes de finalizar meu pensamento: Preciso de você aqui.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

I don't know why the hell

Sentada sozinha na calçada com a cabeça encostada em seus joelhos e os braços em volta de suas pernas, friamente só conseguia pensar em como aquilo podia ter acontecido com ela, afinal tudo parecia ser tão perfeito, tudo estava em seu devido lugar... mas agora? A sua vida é uma completa bagunça, mal conseguia pensar direito e isso a estava deixando agoniada a cada segundo que se passava, precisava mesmo de um tempo para si mesma.

Levantou sua cabeça, olhou em volta... Era surpreendentemente torturante como todo e qualquer lugar que ela olhava, enxergava seu rosto em pedaços, ele, ali, se desmontando a sua frente, pela primeira vez sem deixar que o orgulho o dominasse, dizendo sofrida e pausadamente: Porque faz isto comigo?

Ela virou as costas para aquele pensamento assim como fizera quando ouvira essas palavras na semana passada.

Levantou-se devagar, foi andar, tropeçou em uma pequena pedra e balbuciando algo que nem ela entendera, atirou-a bem longe, quem sabe isso aliviaria a (culpa) dor. O mundo havia se tornado um poderoso estranho para ela, e ficava se questionando a todo instante: Porque isso? Porque agora? O que eu fiz de errado?

Entrou desperadamente em sua casa, precisava dormir, queria dormir, queria que aquilo tudo fosse um sonho, então entrou correndo pela porta de casa e sem falar com ninguém se trancou em seu quarto, abraçou-se a seu melhor amigo, o travesseiro e caiu num sono lento e profundo. Primeiro teve a impressão de estar caindo e quando levantou, sua mãe a disse: você sabe que não fez a coisa certa, não ouça o que algumas pessoas dizem, elas sentem inveja, elas querem te ver mal, não as ouça, siga seu coração, filhinha.

Acordou assustada, levantou correndo, desceu as escadas em pulinhos e ao chegar lá embaixo se deparou com a sua mãe com cara de confusa em frente a porta dizendo:

- Aonde pensa que vai mocinha?

- Vou fazer a coisa certa.

Passou pela sua mãe e em seguida pela porta e saiu correndo pela rua a caminho do lugar onde costumava ir todos os sábados e domingos durante um bom tempo. Conhecia bem o caminho.

Apertou o interfone e disse o numero 3 em meio a sua respiração irregular.

Correu até o elevador e apertava o botão com muita rapidez como se isso fosse mesmo fazer com que ele chegasse mais rápido.

Sai do elevador e lá está ele com o sorriso de sempre.

Ela cansada e muito aliviada ao mesmo tempo disse sem hesitar:

- Precisamos conversar...

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Serenity

Tudo que ela pensava não saber estava extremamente claro em sua mente,
os dias de escuridão haviam ido embora,
suas mágoas e problemas, haviam virado as costas por terem sido completamente ignorados,
a serenidade que a cercava era assustadoramente acolhedora, a ponto de envolver todos a sua volta.
Tudo o que lhe acontecia era bom de alguma maneira, mesmo sendo, por sua vez, ruim;
A realidade e os seus sonhos podiam quase se tocar.
Cada espaço de sua alma havia sido preenchido por pequenos pedaços de uma sensação, que ela não sabia exatamente qual era, mas isso mal importaria, enquanto ela permanecesse ali.
Ela não se importara em saber o porque e nem como isso começara a acontecer, entretanto, só desejava uma coisa, todos os segundos (ainda que inconscientemente), com a mesma intensidade..
“Por favor, não vá embora, eu só quero que isso dure”.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

How could you be so heartless?

De repente ele acorda
Sentindo um vazio estranho em seu peito
como se tivesse levado um tiro, ou algo do gênero.
Tenta se levantar,
mas a dor é mais profunda do que ele imaginava
Põe a mão em seu peito para conferir se não estava ferido fisicamente.
Não havia nada ali, mas a dor parecia tão real, ele realmente a podia sentir.
Põe uma segunda vez, para ver se por um milagre ele estaria morto. Mas isso seria bom demais.
Porque aquele coração continuava palpitando quente e molhado como sempre?
Tinha de haver algo errado com isso, ele apenas não queria estar vivo.
Ele tentava rigorosamente não se recordar do que havia acontecido, mas não conseguia.
E o tempo passava, lento e pesado, como quando se tenta correr no mar.
Quando finalmente conseguiu se levantar, apoiou seu corpo em algo que não conseguia ao menos identificar, e ofegante, deixou que seus pensamentos o inundassem.
E apenas um pensamento o inundava, e era ela; os lugares em que eles costumavam freqüentar, seu sorriso, o modo como seus olhos se franziam quando ela falava sobre algo que achava interessante, o modo como cada cacho de seu cabelo o lembrava das ondas, de como a expressão de seus olhos castanhos, o faziam sentir bem.
Ele estava realmente gostando de ter essa sensação novamente, e se deixou levar pelo êxtase do momento.
Entretanto, a sensação boa logo se foi, e no seu lugar, as lembranças de um passado não tão distante, lembrança a qual ele tentava rigorosamente se afastar, a triste lembrança do fim.
Agora seu peito se encontrava em chamas, queria voltar ao êxtase anterior. Queria fervorosamente.
Ele prendeu seus pensamentos por um segundo e se deixou cair novamente no chão.
Isso nunca acabaria?
Ouve um estrondo, e vê uma luz forte.
Ofegante e suado percebe extremamente agradecido de que tudo isso não se passava de um assustador, porém, (im)possível pesadelo.

Boi

Mamífero ruminante da família dos bovídeos, que só existe em estado de domesticidade. Dá-se especialmente o nome de boi ao macho castrado, sendo o macho inteiro chamado touro. A longevidade desse bovino atinge 25 anos, e seu peso, 1.500 kg. mais conhecido como matheus, bem gordo, mesmo :)