Ela se aconchegou em meio as flores a seu lado. As flores eram lindas, uma diversidade de cores, e fragâncias diferentes, o céu alaranjado caia sob as árvores dando a sensação de estar dentro de uma fotografia. No entanto, tudo que ela conseguia enxergar, era ele. Ali, parado a sua frente, com seus lindos olhos castanhos escuros, olhando-a, como se nada mais existisse além dos dois, além daquele momento. E tudo que ela conseguia pensar era: Se alguma vez, duas pessoas já tiveram aquela conexão, aquela cumplicidade que os dois tinham. Coisa de outro mundo. Algo do tipo, quando ela pensa, ele diz e complementa antes mesmo dela pensar novamente. Ele está feliz, ela também está, e até mesmo quando ela não o vê, sabe o exato momento no qual ele pensa nela. Eles estão conectados, e precisam um do outro. Como poderia haver beleza tão rara, como aquela? Ele, por inteiro, era lindo. Suas atitudes, seus pensamentos, seus princípios, sua áurea, suas brincadeiras, suas qualidades, e até seus defeitos, eram lindos. Seus olhos, seus cabelos, nariz, boca, mãos, as mãos.. tão macias e carinhosas quando a tocava, delicadas e suaves. O que ela sentia por ele não era simplesmente amor, era muito maior que isso, era tudo, tudo no mundo, se resume o amor dela, ele a fazia dançar como uma boba, se esquecer de como se respira, e só de pensar nele, ficar toda boba.
Antes de terminar de se derreter toda com aquela imagem, ele está em cima dela e diz:
- Porque você está olhando pra mim com essa cara? No que você está pensando tanto? –
- Te dou uma chance para adivinhar. – ela responde com um meio sorriso no rosto.
- Hm... no que você comeu no almoço? – diz ele rindo daquele jeito que ela ama.
- Errou feio. – diz ela terminando o assunto com um beijo. – Eu te amo, não me deixa nunca.
- Eu não seria capaz.
